Sport não teve dó e aplicou a maior goleada sobre o Náutico

Em um daqueles dias que ficam marcados na história, o Sport não teve piedade e aplicou a maior goleada sobre o Náutico. Foi em 1916, durante o Campeonato Pernambucano, que o Sport escreveu um dos capítulos mais impressionantes do Clássico dos Clássicos. O placar de 8 a 0 ressoou como um trovão nos corações dos alvirrubros, enquanto os rubro-negros celebravam uma vitória épica.

Goleada Memorável

Disputado na Ponte d’Uchoa, o jogo foi válido pelo segundo turno da Série B, equivalente ao Grupo B dos dias atuais. Motta foi o grande destaque, marcando quatro gols, seguido por Vasconcelos com três e Smith completando o massacre. Aquele resultado foi um prenúncio do que viria semanas depois, quando o Sport conquistou seu primeiro título estadual. Era o início de uma trajetória gloriosa que se desenhava no horizonte.

Dezoito anos depois, em 1934, o Náutico parecia pronto para dar o troco. Vencia por 3 a 1 quando a pressão sobre o árbitro resultou na interrupção do jogo. A falta de refletores no estádio fez com que a partida fosse suspensa e marcada para o dia seguinte. No entanto, o Sport não aceitou e propôs o reinício do confronto.

No dia 31 de março de 1935, o novo duelo aconteceu no campo da Avenida Malaquias. Dessa vez, o Náutico saiu vitorioso, repetindo o placar histórico de 1916. Foi um verdadeiro teatro de ironias e reviravoltas, onde o drama se desenrolou como uma peça shakespeariana, repleta de emoção e surpresas.

Artilheiros e Heróis

O Clássico dos Clássicos tem em Bita, do Náutico, seu maior artilheiro, com 23 gols marcados durante os anos 1960. Mas naquele distante 1916, os heróis foram outros. Motta, Vasconcelos e Smith se tornaram lendas, seus nomes eternizados na memória dos torcedores que testemunharam aquela goleada histórica.

Aquela vitória de 8 a 0 não foi apenas um jogo; foi um símbolo de superioridade e domínio que reverbera até hoje. A hipérbole do placar serve como um lembrete constante do poderio do Sport naquela época. Cada gol marcado naquela tarde foi como um golpe de mestre, uma sinfonia de precisão e talento que se transformou em uma lenda.

O Clássico dos Clássicos continua sendo um dos confrontos mais aguardados e emocionantes do futebol pernambucano. Cada encontro entre Sport e Náutico carrega o peso da história, com a promessa de novos capítulos tão emocionantes quanto os do passado. A rivalidade, simbolizada pela metáfora da “batalha campal”, mantém vivos os espíritos de luta e paixão que definem esses duelos.

E assim, o Clássico dos Clássicos segue sua trajetória, com cada novo jogo trazendo a chance de reescrever a história. A memória da maior goleada permanece viva, inspirando gerações e lembrando a todos que, no futebol, a glória e a derrota estão sempre à espreita.

Em suma, a goleada de 8 a 0 aplicada pelo Sport sobre o Náutico em 1916 é um marco inesquecível na história do futebol pernambucano. Uma vitória que não apenas consolidou a superioridade rubro-negra, mas também deixou um legado duradouro de paixão e rivalidade no Clássico dos Clássicos.