Ídolo do Sport saiu da várzea e marcou seu nome na Ilha

Dentre a geração do Sport próspera da década de 90, destacaram-se nomes como Juninho Pernambucano, Leonardo, Dário, Adriano, Bosco, e também Chiquinho, um talento emergente diretamente dos campos de pelada de Olinda. Aos 18 anos, em sua primeira temporada profissional em 1994, Chiquinho já celebrava o Campeonato Pernambucano e a Copa do Nordeste.

Chiquinho era conhecido por sua habilidade e velocidade nos campos informais, qualidades que atraíram a atenção do experiente técnico Nereu Pinheiro, que o trouxe para o Sport. Sua ascensão no clube foi rápida, passando apenas dois meses nos juniores antes de chamar atenção na Copa São Paulo de Juniores, o que lhe garantiu uma promoção ao time principal.

No final do Campeonato Pernambucano de 1994, já era titular e ajudou a equipe a levantar o troféu, formando com Juninho um meio-campo ágil e habilidoso que maravilhou a mídia e os fãs durante o Brasileirão daquele ano.

Marcou época

A dupla foi crucial nas memoráveis vitórias de 5×2 sobre o Botafogo e o São Paulo. O gol do título estadual saiu dos pés de Chiquinho, na vitória por 2×0 contra o Náutico, na Ilha do Retiro, um dia antes do início da Copa do Mundo de 1994, ganha pelo Brasil.

Nos anos de 1995 e 1996, Chiquinho conquistou mais dois títulos estaduais, consolidando seu status de ídolo entre os torcedores do Sport. Por pouco não alcançou a Seleção Brasileira, tendo sido convocado para um amistoso contra Camarões em 1996, mas um infortúnio com uma lesão o impediu de jogar, resultando em uma das grandes frustrações de sua carreira.

“Era muito difícil um jogador do Nordeste ser lembrado, mas eu fui convocado jogando no Sport. Infelizmente, por causa da lesão, não pude jogar.”

Em sua jornada pelo clube, Chiquinho acumulou 146 partidas oficiais e marcou 14 gols, conquistando um total de cinco títulos: dois Campeonatos Pernambucanos e duas Copas do Nordeste em 1994 e 2000, além de outro estadual em 1996.